Tomar decisões mais complexo do que parece?

A tomada de decisão resulta da seleção de uma alternativa entre várias. Esta escolha acontece
através de um processo cognitivo. Este processo é utilizado de forma a fazer julgamento,
classificações, escolhas, quer conscientes ou inconscientes. Temos duas principais teorias de
tomada de decisão a teoria racional e teorias não racionais.

Teorias racionais vêm o decisor como um individuo com consciência e com capacidades de

tomadas de decisão. Já as teorias não racionais assumem para além das limitações da mente

humana que são decisões fortemente influenciadas pelo ambiente que nos rodeia e também

os processos cognitivos que utilizamos para resolver determinadas decisões têm que ser

coerentes com a estrutura do ambiente no qual a decisão está a ser tomada.

Outro aspeto fundamental na tomada de decisão, tem por base o  funcionamento do nosso cérbero muitas vezes na existência de dois sistemas, o sistemas 1(estado HOT) e o sistema 2 (estado Cold ) . O Sistema Hot é um sistema intuitivo, cujo o processo da informação é rápido e automático. Sendo associado a emotividade e por isso difícil de controlar. 

O sistema cold é um sistema deliberativo cujo o processo da informação, ao contrario do sistema 1 é lento, ou seja, requer maior esforço e é voluntario e monitorizado, sobrepondo então ao sistema 1.

Nenhum destes sistemas é o correto. Sendo a relação entre os dois sistemas importante, uma

vez que nenhuma forma de tomada de decisão está correta. Desde sempre a sociedade tende a

 promover uma racionalização das tomadas de decisões. Mas esta tendência pode conduzir a tomadas de decisão que são piores do que as intuitivas. O sistema deliberativo é importante, na medida em que é necessário aprender por experiência como evitar desastres.

Matriz de decisão

Consiste num quadro composto por várias colunas, que auxilia a seleção da melhor alternativa

através da determinação da maior média ponderada das notas. Ou seja, colocamos em uma

tabela, de um lado, as soluções propostas, por exemplo ao longo da primeira linha. Na

primeira coluna listamos os critérios de avaliação. Os outros espaços da tabela são utilizados

para a atribuição de notas a cada uma das alternativas segundo os critérios adotados.

Embora se trate de um procedimento aparentemente simples e objetivo, deve-se tomar

atenção na aplicação das nossas avaliações em cada ponto, dado que este é um procedimento complexo, e normalmente é uma avaliação subjetiva. A atribuição de notas às diferentes

opções exige um conhecimento relativamente preciso do problema que normalmente só é

possível para um especialista.

De qualquer forma, considerando as limitações expostas, a matriz de decisão pode ser

empregada par ter uma primeira avaliação das soluções e ajudar a tomar a melhor decisão.

Nas decisões que fazemos diariamente, muitas delas são derivadas da intuição. Com o complemento das variáveis como a experiência, entre outras, que agregam à origem desta matriz de decisão, que nós de uma forma natural fazemos no nosso raciocínio mental.

É importante referir que até as decisões mais simples, passam por este processo.